Ok, esse é um daqueles textos que você reflete sobre como coisas ruins fazem você aprender alguma coisa. Isso parece estranho, eu sei, mas acontece. O luto e a morte de alguém próximo fazem a gente pensar…
Quando chegamos a fase adulta, percebemos que amadurecemos com o tempo, que evoluímos como pessoa, que nossa mãe tinha razão sobre como iriamos repensar algumas atitudes e após vivenciar o luto, essa mesma reflexão passa na cabeça: não somos a mesma pessoa de antes.
Eu não sou mais a mesma pessoa de anos atrás, e nem você. Após alguns acontecimentos, bons ou ruins, nosso “eu interior” vai se modificando e se moldando ao longo da vida. Eu diria que se você me conheceu há um ano, você já não me conhece mais. O luto faz isso com a gente.
Quando recebemos a noticia de que alguém faleceu, já é algo que nos faz refletir que a vida é curta e frágil. Mas quando você perde alguém que ama, começa a dar valor as pessoas importantes que estão ao redor. O pensamento de perder quem amamos é aterrorizante e imaginar como seria viver sem essa pessoa é de dar calafrios.
Mas então, o que eu aprendi com o luto?
DAR VALOR AS COISAS SIMPLES
Como dizia Chorão em sua música: “Agora sei o quanto é precioso o nosso tempo. A gente tem que dar valor. Certas coisas não têm preço”. Pode até ser clichê, mas é um fato. Momentos simples como tomar um café da manhã ou ficar na varanda conversando faz falta quando não podem mais ser vividos.
DEDICAR UM TEMPO PARA FICAR COM QUEM AMAMOS É IMPORTANTE
Sabe aquele parente que você gosta muito, mas que para chegar na casa dele é preciso mais de 1 ônibus e sempre deixamos pra outro dia? Então, quando não pensamos que a vida passa tão rápido, parece bobeira. Mas quando perdemos essas pessoas, ficamos pensando em quantas vezes ficamos no sofá assistindo TV em vez de ir lá almoçar juntos.
Agora, eu prefiro pegar mais de uma condução e ter momentos vividos com essas pessoas do que o arrependimento de não ter o visto o suficiente.
DEUS NÃO TEM CULPA
A fé é algo imensurável, não há como negar o seu poder e seu efeito em nós. Mas algumas vezes, pessoas enlutadas, culpam Deus por ter levado aquela pessoa que tanto amava.
Eu cheguei à conclusão de que Ele não tem culpa. A vida nos foi dada, propósitos foram feitos e o nosso ultimo suspiro chegará algum dia. Nos basta aproveitar esse intervalo e viver da melhor maneira possível.
O LUTO TEM VÁRIAS FASES
Negação – Esse momento é marcado pela resistência em acreditar que o fato realmente aconteceu e até mesmo falar sobre o assunto. A dor é inexplicável e há uma grande dificuldade em lidar com a perspectiva de um futuro sem a pessoa.
Raiva – Nessa fase, a pessoa percebe que a perda realmente aconteceu e que não é possível reverter a situação. A tendência é que a dificuldade em se conformar seja canalizada em raiva.
Negociação – Para aliviar a dor, a pessoa começa a fantasiar a ideia de reverter aquela situação. Essa negociação acontece na cabeça da própria pessoa e, muitas vezes, é voltada para questões religiosas.
Depressão – Normalmente é a fase mais longa do processo de luto, e é caracterizada por um sofrimento maior. É marcada por uma sensação de impotência, melancolia, culpa, ansiedade, crises de choro, desânimo e desesperança. Entre outros fatores, também é comum que a pessoa tenda a se isolar por um período indeterminado.
Aceitação – Ao passar pelas quatro fases do luto, finalmente a pessoa chega a fase de aceitação e começa a ter uma visão mais clara e realista do que está acontecendo e aceita a perda do seu ente querido. A angústia e tristeza dão lugar a tranquilidade e a uma saudade sem dor.
O AMOR IMPORTA
E por ultimo, mas não menos importante: o amor importa! Sendo a vida tão breve e passageira, nos basta expressar o amor por aqueles que amamos.
Se você está com saudade, liga ou manda uma mensagem. Se você ama, expresse! Se você se importa, fale! Só não deixe pra fazer isso no dia do velório. As lágrimas não valerão de nada, mas o amor vivido vale por uma eternidade.
Aproveite enquanto você pode!
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Disponível em: O que eu aprendi com o luto https://pt.aleteia.org/2018/09/18/o-que-eu-aprendi-com-o-luto/ Acesso em: 16 de Julho de 2019
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